quinta-feira, 4 de abril de 2013

PASTAGENS DO RELENTO - XIX - O RIBEIRO DO OLHAR

No ribeiro do olhar
um caudal de tumultos serenos,
espelho baço
de reflexos itálicos,
respostas frondosas
sobre águas de dúvidas,
perguntas sem inocências,
palavras que se misturam
na natureza do espanto
com que o olhar descobre
as imprudências do fado
perdido na foz do silêncio,
um abraço letal
que vivifica o ritmo
da sua paisagem natural,
oferecendo ao olhar mortiço
a lonjura da distância,
o revivalismo da infância
onde mora o casebre mítico
da esperança que não se habita.
O ribeiro permanece,
o olhar tudo esquece.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Manuscrito de 04 de Abril de 2013, escrito na Biblioteca Nacional de Lisboa, entre as 13H41 e as 14H08.
Postado, no blogue, em 04 de Abril de 2013, na Biblioteca Nacional de Lisboa, entre as 14H14 e as 14h20.

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