quinta-feira, 28 de março de 2013

PASTAGENS DO RELENTO - XVIII - ABSURDO E ABSTRACTO

Há este fogo que arde,
este gelo, abstracto,
um tudo nada absurdo
que baila
pela noite dentro
e, eu, aquecido
e gelado
respondo a perguntas
do vento,
coisas sem importância,
sem sentido,
bailados de luz,
frigidez corpórea.
O que é a vida que morre,
o que é a morte que vive,
distâncias inúteis
em viagens que o segredo
segreda por amor
ao amor que não se tem.
Este poisar ardente,
esta frieza pulsante
saltam da morte,
invadem a vida
e perguntam ao vento
que caminho,
que destino,
este, o de não ir,
absurdo e abstracto.
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Escrito e postado, directamente, no blogue, em 28 de Março de 2013, na Biblioteca Nacional de Lisboa, entre as 15H11 e as 15h33.

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